ARACELI PARA DEPUTADA ESTADUAL - 50501

ARACELI, NOSSA VOZ! é um blog destinado a divulgar a luta de Araceli Lemos, excepcional militante da causa socialista no Pará; um espaço criado por admiradores e aberto a contribuições de todos os interessados em comentar sua trajetória em defesa de um projeto alternativo para o Brasil e o Pará.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Foi bonita e emocionante, a festa de aniversário de Araceli.

Mais de 500 amigos de Araceli Lemos estiveram em sua festa de aniversário, realizada no domingo passado, em Castanhal. A alegria tomou conta do salão de festa do “Taboquinha”, com as apresentações da Código 4 e Haroldo Reis e banda e com os muitos encontros e conversas havidos entre tantas pessoas presentes, apesar da chuva torrencial e ininterrupta que caiu durante a tarde e noite; em geral lutadores sociais de Castanhal e muitos outros municípios, incluindo Belém. Um momento de grande e especial emoção para todos foi a cerimônia em que representantes de instituições e importantes movimentos sociais subiram ao palco para homenagear a aniversariante, cabendo ao Senador José Nery/PSOL falar em nome próprio e de todos os demais. Araceli, agradecida, declarou que não desistiu e não desistirá de seus sonhos, que são sonhos de muitos, e da luta coletiva necessária para torná-los realidade.
Da mesa organizada para homenagear Araceli, participaram, além do Senador José Nery, os seguintes representantes de entidades e movimentos sociais: Fernando Carneiro, da Executiva Estadual do PSOL; Sinval Batista, da FEMECA; Rubenixson Farias, do SINTEPP- Castanhal; Beto Andrade, do SINTEPP- Ananindeua; Fernando Santiago, da COOPASP; Doracy Nascimento, das Ocupações Pantanal e Campos Lindos; Helenice Rocha, da Associação dos Conselheiros Tutelares do Pará; Karine Santiago, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTL); e Marcos Santos, do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL).

sábado, 29 de maio de 2010

Na Universidade de Toronto, Canadá, com o Prof. Richard Romam e alunos- 1999; e na Convenção de Solidariedade à Cuba, em Havana, Cuba- 2000.


Como Coordenadora Estadual do SINTEPP, em 1997; e em sua primeira diplomação como deputada estadual, em dezembro de 1998.


Em sua festa de 50 anos, com o marido e filhos; e com seus irmãos e irmãs.


Em seu batizado, com a mãe, D. Abelísia, e irmãs Alda e Nádia; na adolescência.


Com o marido, José de Alencar, e as netinhas Stella e Clarisse

Feliz aniversário, Araceli!

Araceli faz aniversário hoje- 29 de maio- e é certo que receberá inúmeros votos de muitos anos de vida e plena felicidade. Araceli merece essa ampla torcida, uma manifestação praticamente unânime das pessoas que a conhecem pessoalmente ou acompanham sua história como militante de importantíssimas causas sociais. Araceli merece vida longa e feliz principalmente porque dedica a própria vida à luta pela felicidade de todos, em especial daqueles que nada ou muito pouco têm para se manterem vivos. E o faz porque é movida pela convicção de que um novo mundo é possível: hegemonizado pela generosidade humana, sem explorados e exploradores, justo, igualitário; um mundo socialista. Não como obra de poucos iluminados, mas como expressão da vontade da grande maioria das mulheres e homens.
Nesta data, em singela homenagem a aniversariante tão especial, postaremos fotos ilustrativas de sua admirável trajetória; boas recordações. Feliz aniversário e longa vida, Araceli!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Que tal um passeio de bonde?


No bonde, Alfredo recolheu-se sem mais aquela sensação de que o elétrico, com sua velocidade e rumor, quebrava a vidraça das janelas. Impressão esta que levava de Belém quando pixote e sempre recordava em Cachoeira.
Até que o bonde ia vagaroso.
E meio sujo seus passageiros afundavam-se num silêncio e apatia indefiníveis. Pareciam fartos de Belém enquanto o menino seguia com uma crescente gula da cidade. O bonde, cuspindo e engolindo gente, mergulhava nas saborosas entranhas de Belém, macias de mangueiras
(...)
Passaram pelo Largo de Nazaré, a Basílica em tijolos ainda, a antiga igreja ao lado. Cobrindo o Largo, mais monumentais que a Basílica, as velhas samaumeiras. À esquina da Gentil com a Generalíssimo, saltaram.
A cidade balançava ainda. Ou estava tonto com os cheiros de Belém?

(Seleção Paulo Nunes e Josse Fares. Placa “Gula da Cidade”, afixada na Praça da República, em Belém, Dalcídio Jurandir, in Belém do Grão-Pará)


Foto: Avenida Nazaré nos anos da Belle Époque, no alvorecer do século XX (Coleção Allen Morrison).
Para ver em tamanho maior basta clicar sobre a imagem.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Atualidade de Coletâneas de Araceli Lemos

Duas coletâneas organizadas por Araceli Lemos reúnem textos bastante atuais, a despeito de terem sido publicadas nos anos de 2000 e 2004 e de sintetizarem críticas às gestões tucanas do governo federal e do governo do Pará. Mudaram os governos nessas duas esferas, mas as distorções politicas e administrativas e os dramas sociais analisados são os mesmos, agravados, porque continuam intactas suas causas estruturais. Infelizmente, não há exemplares de uma e outra coletânea disponíveis para novos leitores, mas uma nova leitura de suas primeiras edições confirmará que o Brasil e o Pará mudaram para que tudo continuasse como antes.

Inconcedências. Um mandato socialista frente ao neoliberalismo


Este livro reúne textos que consubstanciaram alguns dos pronunciamentos e proposições formuladas por Araceli Lemos durante seu primeiro mandato como deputada estadual, entre os anos de 1999 e 2002, período correspondente à segunda gestão de Almir Gabriel no Governo do Estado. Em geral, textos que se referem a uma ou outra das políticas setoriais que esse governo implementou, em completo alinhamento com as diretrizes do governo de Fernando Henrique Cardoso, procurando desvendar seu caráter neoliberal e apontando indicações para a formulação de uma alternativa democrática e popular. Seus conteúdos foram verbalizados na tribuna da Assembléia Legislativa ou em espaços dos movimentos sociais, sempre refletindo a concepção de mandato parlamentar como uma trincheira da luta pela transformação da sociedade brasileira.
O caráter democrático e a inspiração socialista daquele mandato parlamentar são os elementos que conferem importância e a marca distintiva do conjunto de textos do livro: a visão de que o projeto inspirado nos interesses das maiorias sociais só pode ser construído com inconcedências aos dogmas e paradigmas que orientam as reformas neoliberais . As análises e considerações acerca das políticas ditadas pelo receituário neoliberal levam à percepção de que as mesmas servem a interesses antagônicos aos das maiorias sociais, antagônicos até aos conceitos de nação e de esfera pública e de que é imperioso e viável um novo projeto de sociedade.
Os textos selecionados compõem um conjunto coerente de análises acerca da realidade política e social do Pará, criada sob a égide do neoliberalismo, mas principal mérito desse livro é o de representar posições produzidas no debate democrático travado por numerosos lutadores sociais que se dedicaram à construção do mandato enquanto instrumento da luta antineoliberal e por uma alternativa que patrocine a soberania da nação e a cidadania de todos. Aquela altura, a autora acreditava que essa alternativa seria materializada com a chegada do PT ao governo federal, mas sua coerência com aquelas análises possibilitou-lhe perceber a continuidade do mesmo projeto político e a necessidade de prosseguir sua luta por mudanças reais no rumo da justiça, da igualdade e do socialismo.

Direitos Humanos no Pará. Um balanço da cidadania ativa.



Organizado por Araceli Lemos, o livro revela o excepcional desempenho da ex-deputada a frente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa do Estado do Pará. Tirar aquela comissão do papel inscrito no regimento interno da ALEPA constituía um imperativo ético frente às demandas de um Estado que é palco de tantas violações de direitos humanos e tão sedento de justiça. Como sua presidenta, Araceli tornou a comissão caixa de ressonância e porta-voz de todos os movimentos, entidades e ONG(s) que militam na defesa dos direitos humanos, através de numerosas proposições e atividades legislativas, cobrando providências e fazendo chegar aos ouvidos de quem precisava os clamores de um povo tão sofrido.
Esta publicação traz um balanço da cidadania ativa, nos anos de 2003 e 2004, registrando pronunciamentos da então deputada sobre vários episódios de violação e da luta em defesa dos direitos humanos, e um olhar amplo sobre as diversas temáticas que envolvem a promoção, proteção e reparação desses direitos, a partir das abordagens de valorosas personalidades que dedicam suas vidas a afirmação dos direitos mais nobres que irmanam homens e mulheres de todo o planeta, a começar pelo texto do advogado da Comissão Pastoral da Terra e renomado lutador Frei Henry de Rosiers Trabalho Escravo: combater e erradicar exige mobilização de todos!
Para além de ser um registro, o livro é uma fonte importante para estudos, debates e políticas de formação; um instrumento acima de tudo útil e transformador como os sonhos de seus autores e autoras, que aceitaram o convite para escrever artigos para o mesmo. O excelente trabalho de Araceli credenciou-a para mais uma segunda gestão exitosa da mesma comissão parlamentar , nos anos de 2005 e 2006.

domingo, 23 de maio de 2010

Tempo da Memória - As velas do Ver-o-Peso


"Para ler como quem anda nas ruas

(...)

O vento marajoara afaga as velas
que ergueu como estandartes na preamar.
Velas claras tecidas pelas linhas
da chuva no tear das nuvens pardas.
Ventarolas do vento nas esquinas
passam roçando a pele à flor das almas.
Passa um talvez em frente ao cais de pedras
e o entardecer sorri numa gaivota.
Pincel de Deus pintar a paisagem
o açaizeiro oscila na outra margem.
As proas mundiando cada estrela
acalmam-se do mar no Ver-o-Peso."


João de Jesus Paes Loureiro. Obras reunidas (Volume 2, p.8, São Paulo: Escrituras Editora, 2000)


Foto: Doca do Ver-o-Peso, c. 1960. Antônio Rocha Penteado. "Belém - Estudo de Geografia Urbana", 2º volme, Belém: Editora da UFPa, 1968.

Para ampliar a imagem basta clicar sobre ela.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Dia de luta contra o abuso e a exploração sexual de crianças. Araceli presente.

No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado em 18 de maio, Araceli Lemos participou ativamente de duas importantes atividades alusivas à data: pela manhã, da audiência pública promovida pelo Campus da Castanhal da UFPA e dirigida pelo próprio coordenador geral do campus, professor Adriano Sales Silva, na qual compôs a mesa expositora; a tarde, de uma grande caminhada pelas principais vias da cidade de Santa Izabel, organizada pelo Conselho Tutelar e o CREAS locais. A audiência teve público numeroso, formado por vários professores e dezenas de estudantes dos cursos de pedagogia, educação física e outros cursos daquela universidade, interessados em discutir a interface da questão infanto-juvenil com a questão de gênero, real aparelhamento e eficiência dos conselhos tutelares e da rede de proteção disponível, preparação de educadores e instituições escolares para identificar precocemente casos de pedofilia, etc. E da caminhada em Santa Izabel, participaram conselheiros tutelares, profissionais de assistência social, professores, e centenas de alunos e pais de alunos de escolas públicas. Nas duas atividades, Araceli estava acompanhada por Helenice Rocha, presidenta da Associação dos Conselheiros Tutelares do Estado do Pará.

Violação de direitos no passado e no presente
O abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes são práticas antigas, que remontam à Idade Média; e a pedofilia, em particular, é praticada por adultos de todas as classes sociais, credos, raças, etc., mas o problema da violação dos direitos infanto-juvenis está também fortemente ligado à desigualdade social. Está provado que quanto mais pobres mais vulneráveis à opressão e à violência, bem como, que os que cometerem atos infracionais geralmente o fizeram depois de seus direitos fundamentais terem sido violados. Logo, não há nenhuma justificativa para a proposta de redução da maioridade penal para 16 anos; medida que acaba responsabilizando pela violência, as suas maiores vítimas. A data dedicada à luta contra o abuso e a exploração de crianças e adolescentes foi criada no ano de 2000 e homenageia Araceli Cabrera Sanchez, que, no dia 18 de maio de 1973, com então oito anos, foi drogada, espancada, estuprada e morta, por membros de tradicional família capixaba.

domingo, 16 de maio de 2010

Municipalização e redução do gasto público com o ensino fundamental


Em seu artigo Municipalização do Ensino Fundamental: visão do SINTEPP, escrito para o livro Educação Nave do Futuro, organizado pelos professores Edmilson Rodrigues (UFRA) e Carlos Lima (UFPA), publicado em 2000, Araceli Lemos criticou duramente a política de municipalização do ensino implantada pelo governo FHC, com argumentos que cabem à política do governo Lula. É visível a linha de continuidade entre a gestão tucana e a gestão petista também no que respeita à lógica do financiamento da educação pública, cabendo à atual gestão o “mérito” de ampliar o alcance do antigo Fundef para todo o ensino básico, com a adoção do FUNDEB. A municipalização é parte da estratégia de ajuste fiscal receitado pelas instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial, para diminuir a visibilidade política de problemas que o Estado não pretende resolver: o governo federal e o governo estadual repassam aos municípios muito aquém do mínimo desejável para a manutenção do ensino, mas selecionam escolas isoladas para receberem projetos diferenciados que servirão a sua propaganda política. Fica a impressão de que o caos na educação é de responsabilidade exclusiva ou principal dos municípios. Como há mesmo muita roubalheira e desperdício na esfera municipal, fica obscurecida a redução de gastos da União e do Estado.É bom que comparemos as peças publicitárias do governo federal com a realidade da grande maioria das escolas públicas de ensino fundamental e de ensino básico em geral.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

13 de Maio. Ainda falta a verdadeira abolição

122 anos após a abolição da escravatura, os negros no Brasil não estão livres. Ao contrário, em geral nascem condenados a condições subalternas, a ganhar 50% menos e a viver em condições mais precárias que a média da população. São negros 63% da população que vive abaixo de linha de pobreza e 70% dos que vivem abaixo da linha de indigência. A expectativa de vida do homem negro é seis vezes menor que a de um homem branco; e a violência urbana se encarregado de encurtar ainda mais a precária vida dos jovens pobres, que, em sua imensa maioria, são negros. Estes são dados levantados pelo IPEA, mas todos os indicadores sócio-econômicos disponíveis confirmam que a extrema desigualdade na distribuição da riqueza no Brasil, contém um componente racista.
O professor Rafael Guerreiro, do instituto referido (IPEA), referindo-se à naturalização da invisibilidade e da subalternidade reservadas à população negra, afirma que, “a ideologia racista inculcada nas pessoas e nas instituições leva à reprodução, na sucessão das gerações e ao longo do ciclo da vida individual, do confinamento dos negros aos escalões inferiores da estrutura social, por intermédio de discriminação de ordens distintas, explícitas, veladas ou institucionais que são acumuladas em desvantagens”. Isso significa que a desigualdade decorre do esforço de várias gerações da classe dominante brasileira para “embranquecer” a maioria da população, através da exclusão dos “indesejáveis”, conformando uma aberração que, de tão repetitiva; naturalizou-se: não provoca mais espanto, nem perplexidade nas pessoas.
A erradicação do racismo e a construção de uma real democracia racial no Brasil são desafios tão atuais quanto o eram à época da abolição da escravatura; desafios que jamais serão vencidos sem as numerosas batalhas que o Movimento Negro e aliados anti-racistas se propõem a travar, pela instituição de políticas de ação afirmativa e outras medidas de reparação da dívida histórica do Estado com os negros. A chamada Lei Áurea, instituída por uma monarquia já em processo de esgotamento e definitivamente incapaz de frear o movimento abolicionista, é um marco de importância limitada às novas exigências do capitalismo no final do século 19. Ademais, a escravidão ainda é acintosamente praticada no Brasil, em especial na Amazônia e em nosso estado. Por isso, é mais coerente encarar o dia 13 de maio como um dia de luta contra o racismo e a escravidão contemporânea.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Da minha aldeia para o mundo


"Castanhal, o motivo

Mas lhe queria falar do meu Castanhal, minha menina, lugar que você nem imagina.
Lá me marquei das cicatrizes que compõem a minha íntima tatuagem - a alma esfolada com as lanhaduras das pedras, ou mordida por dentes caninos.
Só tenho as mãos sem calos de aplausos - o espírito um pouco sofrido pelos insucessos das promessas a favor dos que sofrem, dos humildes, dos simples.
Com a rebeldia que a idade não amorteceu, às vezes saco de profeta e arranco o futuro pela raiz do presente."

Raimundo Holanda Guimarães. A cidade perdida: saga de tarimbeiro - Belém: Cejup, 1999, p.101.

Foto: Estação da Estrada de Ferro Belém-Bragança, em Castanhal, idos de 1940. Biblioteca do IBGE

sábado, 8 de maio de 2010

Parabéns a Araceli e a todas as mães, neste dia 9 de maio

Presentes para mães estão mais caros este ano. Milhares de filhos vão às compras na véspera do Dia das Mães.Presente das mães provoca corrida aos Shoppings Centers. Noticias como essas evidenciam o interesse do comércio e da indústria na criação e afirmação da data para homenagear as mães. Mas este dia enseja também a manifestação dos mais genuínos sentimentos envolvidos na relação com nossas mães: o amor por elas e o reconhecimento do quanto podem fazer por amor aos filhos. É a homenagem que as mães mais almejam nesta data: as mães donas de casa e as mães que trabalham fora (também), das mais ternas e pacificas as mais ostensivamente guerreiras; todas as mães, porque as primeiras são tenazes guerreiras em defesa dos filhos ou de sua memória.
Nosso blog as homenageia com dois poemas primorosos e muito conhecidos. O primeiro é o poema musicado Angélica, composto por Chico Buarque em homenagem a Zuzu Angel, estilista que denunciou incansavelmente o assassinato e ocultação do cadáver do seu filho pela ditadura militar, em 1971; foi escolhido também porque são "Angélicas" as mães cada vez mais numerosas que lutam por justiça para os filhos mortos por força da violência incessante, as mães moradoras das periferias cujos filhos foram atingidos pelas balas do crime organizado e da policia. O segundo é Mãe, do eterno Mário Quintana, que dispensa qualquer outro atributo para enaltecer a condição materna, por si só sublime; e traz uma verdade indiscutível: mãe não é o primeiro ser em importância para nós, mas é apenas menor que Deus.

Angélica
Chico Buarque

Quem é essa mulher
Que can...ta sempre esse estri.....bilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar

Quem é essa mulher
Que can...ta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormen.....to
Que fez meu fi...lho suspirar

Quem é essa mulher
Que can...ta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu cor...po descansar

Quem é essa mulher
Que can...ta como dobra um sino?
Queria cantar por meu meni......no
Que ele já não po...de mais cantar


Mãe
Mário Quintana

Mãe...São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito

Para louvar a nossa mãe,
Todo bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do CÉU
E apenas menor que Deus!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

ARACELI, NOSSA VOZ!


ARACELI, NOSSA VOZ! é um blog destinado a divulgar a luta de Araceli Lemos, excepcional militante da causa socialista no Pará; um espaço criado por admiradores e aberto a contribuições de todos os interessados em comentar sua trajetória em defesa de um projeto alternativo para o Brasil e o Pará. É feito para os que se encantam com o seu carisma, e o brilhantismo e firmeza com que defende suas idéias; aos que reconhecem nela a encarnação de seus anseios e, por isso, pleiteiam seu retorno à vida pública, a uma posição que lhe possibilite ampliar muitas vezes sua presença na luta de nosso povo.

Fidelidade incondicional aos interesses populares

Araceli é assim desde tenra idade; será assim, sempre! Professora da rede pública de ensino em Castanhal, tornou-se a maior dirigente das lutas dos trabalhadores em educação desse município e, mais tarde, coordenadora estadual do SINTEPP e da antiga Intersindical dos Servidores Públicos do Estado, além de fundadora do Fórum Paraense em Defesa da Moradia. Como deputada estadual por duas legislaturas, entre os anos de 1998 e 2006, confirmou outras qualidades incomuns: conduta ilibada no trato do interesse público e fidelidade incondicional aos interesses populares. Foi considerada a melhor deputada estadual pelo Observatório da Cidadania, do FAOR.
Araceli continua a mesma mulher e militante exemplar, como presidenta estadual do PSOL, assessora do mandato do Senador José Nery, membro da Comissão de Justiça e Paz (CJP)/ CNBB, apresentadora de programa de rádio e membro da Academia Castanhalense de Letras. Enfim, Araceli é a voz de muitos; é a nossa voz.
Leiam, escrevam e divulguem a vontade este blog!

Academia Castanhalense de Letras faz seu primeiro aniversário

Completou seu primeiro ano de existência, em 30 de abril passado, a Academia Castanhalense de Letras (ACL), que nasceu com a missão de enriquecer o patrimônio cultural de Castanhal e reúne alguns dos homens e mulheres que mais contribuem para a cultura da língua, das artes e da ciência em Castanhal, a começar pelo seu presidente, escritor José Maria Azevedo. Araceli Lemos é a ocupante de sua cadeira de número 12, tendo tomado posse alguns meses depois da posse de todos os seus primeiros membros, durante a fundação da academia; e compartilha do entusiasmo geral com o projeto de afirmá-la como referência e estímulo a novos e potenciais escritores e produtores culturais, em município que é fértil também no campo da cultura. Sua posse como acadêmica foi uma grande honra, como declarou na ocasião; honra maior ainda em razão da prévia escolha de seu poeta predileto, Max Martins, como patrono de sua

Os mistérios da existência humana e o potencial transformador da palavra

Em sua posse, Araceli apresentou-se como “escritora de idéias que não são exclusivamente minhas, mas de idéias difusas; (...) redatora de análises, conclusões e proposições emanadas do campo da esquerda e dos movimentos sociais”, e “confessou” sua profunda admiração pelos autores que “melhor cultuam as letras, impressionando-nos pela riqueza de imaginação e a qualidade literária de seus textos; os autores em gêneros textuais propriamente literários, como o romance, o conto, a crônica, a poesia” e, em especial, por “Max Martins, o maior poeta paraense de todos os tempos”(...) Homenagear Max Martins nesta solenidade era mais do que um desejo, era um dever de consciência, desde que o escolhi para satisfazer minha ânsia de aprender com os poetas, e com ele em especial, o que a ciência não é capaz de revelar a mim e a nenhum de nós: os mistérios da existência humana e o potencial transformador da palavra que a elucida.”
O blog Araceli, Nossa Voz! cumprimenta o escritor José Maria Azevedo, presidente, e todos os membros da Academia Castanhalense de Letras, pelo primeiro ano de existência dessa instituição.

Regivaldo Galvão condenado à pena máxima. A justiça foi feita em memória de Dorothy Stang.

“Certamente viveríamos em solo mais seguro e justo se o exemplo e as advertências de Irmã Dorothy fossem seguidos. Entretanto o que se assiste é um Estado que procura esconder sua incompetência e comprometimento com o latifúndio e madeireiros criminosos, atacando uma das grandes mulheres que este estado adotou”. Extraído de pronunciamento da então deputada Araceli Lemos, na tribuna da Assembléia Legislativa do Estado, em 8/06/2004, oito meses antes do assassinato de Dorothy Stang.
O assassinato da Irmã Dorothy Stang poderia ter sido evitado, mas o Estado não apenas ignorou as ameaças que a mesma sofria, junto com outros ocupantes da gleba 55, em Anapu, como deu vazão à campanha caluniosa para distorcer os fatos e inocentar antecipadamente os mandantes do crime anunciado. Restou aos beneficiários de sua abnegação pelo direito à terra e de seu projeto de desenvolvimento ecologicamente sustentável, amigos e admiradores, o reconhecimento eterno, a saudade imensa e a energia para lutar pela condenação dos criminosos, mandantes, intermediários e executores de seu assassinato.

Manifestação vitoriosa foi organizada pela congregação de Dorothy

Isso ficou mais uma vez demonstrado na manifestação realizada no dia 30 de abril, em frente ao Fórum Criminal de Belém, durante o julgamento de Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, um dos mandantes de sua morte, algumas semanas após o 3º julgamento e condenação de Vitalmiro Moura, o Bida, em 12 de abril, pela mesma razão. Como o primeiro mandante julgado, Regivaldo foi condenado a cumprir a pena máxima de 30 anos de prisão, encerrando o processo de condenação dos envolvidos no assassinato da querida missionária, naquele dia de triste memória: 12 de fevereiro de 2005.
Araceli Lemos participou da manifestação vitoriosa foi organizada pela congregação de Dorothy, Irmãs de Notre Dame, e movimentos de defesa dos direitos humanos, na honrosa companhia de Plínio de Arruda Sampaio, presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária, editor da Revista Correio da Cidadania e pré-candidato a presidente do PSOL, além de outras personalidades da esquerda.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Viva o Dia do Trabalhador! Viva o CONCLAT!

Viva o Dia do Trabalhador! Viva o CONCLAT!
Em 1º de maio, em várias cidades do Pará aconteceram atos comemorativos do Dia do Trabalhador. Mas a data celebrada internacionalmente motivou a mobilização dos trabalhadores para atos públicos muito diferentes entre si, conforme os propósitos das centrais sindicais que os organizaram, refletindo a divisão do movimento sindical brasileiro; e, ao mesmo tempo, confirmando a imensa capacidade da classe trabalhadora de resistir à ofensiva ideológica do capitalismo e construir novos instrumentos autônomos de luta.
No Brasil, a maioria das centrais nada tem a ver com o ideário que justificou a criação desta data: a luta contra a exploração capitalista; por um novo tipo de sociedade, sem exploradores e explorados. A CUT, central nascida na década de 1980 para representar o campo classista e combativo do movimento sindical, está cada vez mais próxima do tradicional sindicalismo pelego à medida que assume um sindicalismo de resultados, que são cada vez mais rebaixados. Já não serve para a luta pela superação do capitalismo.
De novo, a unidade em torno do projeto de construção de uma nova central- classista, combativa e anti-capitalista- por setores rompidos com a CUT: Intersindical- Brasil, Conlutas, MTL e outros. Como em todos os demais estados, no Pará estes setores atuaram unidos neste 1º de maio, antecipando na prática o nascimento da nova central, que será criada oficialmente no Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT), em Santos-SP, nos dias 5 e 6 de junho deste ano. O sindicalismo classista está vivo e continuará vivo enquanto existir a exploração capitalista.
Araceli Lemos tem tudo a ver com a construção deste novo instrumento de luta da classe trabalhadora. Estava correta quando denunciou, em meados da década passada, que a degeneração da CUT era um processo irreversível e quando defendeu no penúltimo congresso do SINTEPP, em dezembro de 2008, o imediato desligamento desse sindicato daquela central e conseqüente engajamento na construção da central emergirá do CONCLAT, no qual chegará representado por dezenas de delegados.