No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado em 18 de maio, Araceli Lemos participou ativamente de duas importantes atividades alusivas à data: pela manhã, da audiência pública promovida pelo Campus da Castanhal da UFPA e dirigida pelo próprio coordenador geral do campus, professor Adriano Sales Silva, na qual compôs a mesa expositora; a tarde, de uma grande caminhada pelas principais vias da cidade de Santa Izabel, organizada pelo Conselho Tutelar e o CREAS locais. A audiência teve público numeroso, formado por vários professores e dezenas de estudantes dos cursos de pedagogia, educação física e outros cursos daquela universidade, interessados em discutir a interface da questão infanto-juvenil com a questão de gênero, real aparelhamento e eficiência dos conselhos tutelares e da rede de proteção disponível, preparação de educadores e instituições escolares para identificar precocemente casos de pedofilia, etc. E da caminhada em Santa Izabel, participaram conselheiros tutelares, profissionais de assistência social, professores, e centenas de alunos e pais de alunos de escolas públicas. Nas duas atividades, Araceli estava acompanhada por Helenice Rocha, presidenta da Associação dos Conselheiros Tutelares do Estado do Pará.
Violação de direitos no passado e no presente
O abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes são práticas antigas, que remontam à Idade Média; e a pedofilia, em particular, é praticada por adultos de todas as classes sociais, credos, raças, etc., mas o problema da violação dos direitos infanto-juvenis está também fortemente ligado à desigualdade social. Está provado que quanto mais pobres mais vulneráveis à opressão e à violência, bem como, que os que cometerem atos infracionais geralmente o fizeram depois de seus direitos fundamentais terem sido violados. Logo, não há nenhuma justificativa para a proposta de redução da maioridade penal para 16 anos; medida que acaba responsabilizando pela violência, as suas maiores vítimas. A data dedicada à luta contra o abuso e a exploração de crianças e adolescentes foi criada no ano de 2000 e homenageia Araceli Cabrera Sanchez, que, no dia 18 de maio de 1973, com então oito anos, foi drogada, espancada, estuprada e morta, por membros de tradicional família capixaba.
Realmente foi um sucesso!!!
ResponderExcluirsão momentos como esses que nos fortificam. espero que possamos sempre discutir sobre as politicas públicas para que possamos de fato fazermos o nosso papel como cidadãos.
um grande abraço
marilia Esquerdo (UFPA-Pedagogia 2009)
Parabens pelo blog e pelo texto.A luta contra exploração sexual é uma bandeira de luta em que voce é vanguarda nesta causa. Um grande abraço Jair Pena
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